Saiba o que precisa observar para saber se o seu filho de até 2 anos está correndo risco!
Esqueça a história de que cada criança tem o seu tempo, existe uma margem de segurança para esperar determinados comportamentos chegarem nos marcadores de desenvolvimento. Se a sua criança não estiver seguindo estes marcadores, ela está acumulando atrasos e vai ficando deficiente e pode ter inclusive atrasos cognitivos.
Quanto mais tempo demorar para intervir, menos chance ela terá de se recuperar, de ter autonomia e de ter funcionalidade na vida.
Então é super. Importante seguir os marcadores abaixo, pois ficar esperando porque tem dúvidas... como:
Será? Pois ele é tão inteligente?
Ele meche tão bem no celular?
Não, não... ele é tão carinhoso, é tão social!
NÃO SE ENGANE!!!! SE TEM DÚVIDA, PROVAVELMENTE TEM ALGUM ATRASO!!!!
Não espere todo mundo perceber os atrasos que assim já pode ser tarde demais.
VAMOS LÁ ENTÃO!
O que já é esperado para uma criança de no máximo 2 anos:
Caso a criança não tenha (1) destes marcadores, procure ajuda!
1-A criança consegue identificar partes do corpo?
(Quando você pergunta para ela: Onde está o seu nariz? Onde está sua cabeça? Onde está a perna? Que parte do corpo é esta?).
2- Entende informações e comandos diversos?
(Quando você pede para ela parar, esperar um pouco, ela segue os seus comandos? Ela segue instruções novas, quando você modela para ela?).
3- Identificar objetos e pessoas, concretos e abstratos, ela mostra pelo menos uns 10?
(Filho cadê a cadeira? Cadê o brinquedo do Homem Aranha? E quando conta uma história e mostra o lobo mal e a casa, depois mostra para ele e pergunta: Onde está o lobo mau? Onde está a casa? Quando mostra foto para ele e pergunta: Cadê a vovó? Cadê o papai? Ele consegue mostrar e identificar.
4-Tem entendimento e ação de mais de um comando de uma vez?
(Quando pede uma sequência de 2 comportamento, como ir até o quarto e pegar o chinelo do papai. Ela consegue?
5- Tem um repertório de verbos básicos e construir sentenças?
(Seu filho já fala? Junta expressões? Usa palavrinhas, ou pelo menos mostra o que quer? Aponta e gesticula? Usa algo diferente para pedir ao invés de pegar a sua mão, ou você como ferramenta? Pois usar o outro como ferramenta é uma grande característica do espectro autista).
6- Utiliza de forma funcional pelo menos 10 verbos?
(Quando você incentiva ela a falar, ela entende a função destes verbos? Repete e usa em um contexto funcional?).
7- Responde “sim” com a cabecinha junto com algum som? Ela leva objetos para você querendo entender, o que é isso?
8-Quando você pede para a criança mostrar alguma coisa, alguma coisa que seja interessante como: Olha filho aquela arvore que linda! Ele acompanha o que está mostrando? Ele olha para onde está direcionando o seu apontar de dedo?
9- Em um contexto social a criança responde ao “oi” ou “tchau”? Ela responde verbalmente ou gestualmente?
10- Quando você canta musiquinha e faz coreografia a criança segue a coreografia? Imita gestos? Dança junto? Tenta cantar e fazer sons parecidos?
11- Quando tenta brincar de “pega-pega” e sai correndo fazendo sons de que vai pegar ela. Ela entende? Foge e fica olhando para você para continuar a brincadeira?
12- Ela imita sons de palavras ou de canções pelo menos uns 70% das vezes que você solicita?
13- Imita sons com objetos, quando mostra como se faz ela faz igual?
14- E se brinca de brincadeiras imaginativas a criança consegue fingir quem são os personagens?
15- Em jogos de pareamento de achar o igual, ela consegue achar o igual? Cor igual? Tamanho igual? Formas geométricas iguais?
16- Ela agrupa objetos por categorias? Como coisas que servem para se vestir, coisas que servem para comer, ela coloca em grupos diferentes?
17- Ela já agrupa quantidade de 1 até 3? Como quando pede para ela colocar 3 laranjas aqui na mesa, ela consegue contar 3 e parar na terceira?
18- Ela usa colher ou o garfo sozinho para espetar e comer?
19- Tem dificuldade motora grossa e fina?
(Esbarra muito nas coisas? Tem movimentos repetitivos? Tem dificuldade em pegar brinquedos menores com os dedos?).
20- Teve regressões significativas? (Como algo que fazia e parou de fazer).
Muitas vezes parecem sinais insignificantes, mas depois de um tempo fica muito gritantes e se ela não tiver estes pré-requisitos não vai conseguir chegar no próximo nível, e estes atrasos vão se multiplicando
Existem três tipos de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O desatento, caracterizado por problemas que regulam a atenção; o hiperativo, caracterizado por comportamento impulsivo e hiperativo e o combinado, que ocorre quando a desatenção e a hiperatividade / impulsividade estão presentes.
Os diferentes tipos de TDAH eram chamados de subtipos até a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V), publicada em 2013, quando o termo “subtipo” foi substituído por “tipo”. Uma mesma pessoa pode ser diagnosticada com déficit de atenção e hiperatividade, ou seja como TDAH combinado.
Da mesma forma, outra pessoa pode ser diagnosticada como TDAH desatento, pois apresenta sintomas de desatenção ou distração, que levam a dificuldades em organização e concentração.
Hoje, vamos falar sobre esses dois tipos, o que é o TDAH combinado e TDAH desatento.
O DSM-V lista 18 sintomas de TDAH, sendo nove de desatenção e nove de hiperatividade-impulsividade. Para realizar um diagnóstico de TDAH combinado, as seguintes condições devem ser atendidas:
O tipo TDAH desatento não é o que a maioria das pessoas imagina quando pensa em alguém hiperativo. Os que são diagnosticados TDAH desatento geralmente são menos inquietos e ativos do que os do tipo TDAH hiperativo.
A criança precisa demonstrar pelo menos seis dos nove sintomas de desatenção. Além disso, os sintomas devem ser graves o suficiente para impedi-la de concluir as tarefas e atividades diárias.
A dispraxia é um distúrbio neurológico que afeta a capacidade de planejamento e processamento das atividades motoras. Conheça os principais sinais e sintomas, neste artigo.
As pessoas com dispraxia também costumam ter problemas de linguagem e, às vezes, um grau de dificuldade de pensamento e percepção. A dispraxia, no entanto, não afeta a inteligência, embora possa causar problemas de aprendizagem nas crianças.
A dispraxia é uma imaturidade da organização do movimento, ou seja, o cérebro não processa informações de uma forma que permita a transmissão completa de mensagens neurais. Assim, a pessoa com dispraxia acha difícil planejar o que fazer e como fazer.
Segundo especialistas, cerca de 10% das pessoas apresentam algum grau de dispraxia, enquanto cerca de 2% apresentam grau severo. Nas crianças, 4 em cada 5 com dispraxia, são meninos, embora haja um debate sobre a dispraxia ser sub diagnosticada em meninas.
Conheças os principais sintomas de dispraxia, como é realizado o diagnóstico e como detectar os sinais ainda na primeira infância.
Os sintomas de dispraxia variam de pessoa para pessoa. No entanto, podemos citar os mais comuns, que são:
A dislexia é um transtorno de aprendizagem que afeta crianças e adultos. Seus sintomas e gravidade variam de acordo com a idade. As pessoas com dislexia têm dificuldade em decodificar as palavras pelo seu som, ou seja, para aprender como os sons se relacionam com as letras, o que leva a uma leitura lenta e a uma compreensão de texto limitada.
A dislexia pode ser identificada na infância, quando os problemas de leitura se tornam aparentes pela primeira vez. No entanto, em muitos casos, o diagnóstico é tardio ou nunca acontece. O ideal é que pais e professores conheçam os sinais de dislexia que podem surgir antes da alfabetização para realizar o diagnóstico precoce e evitar muitos problemas futuros.
Pensando nisso, escrevemos este artigo para que você conheça melhor os sinais de dislexia.
Os sinais de dislexia podem aparecer ainda na educação infantil, antes da alfabetização. Pais e professores devem ficar atentos aos sintomas das crianças que possam identificar o transtorno de aprendizagem.
A dislexia é a causa mais comum das dificuldades de leitura, escrita e ortografia. Se as crianças disléxicas tiverem um treinamento fonológico eficaz na educação infantil, antes da alfabetização, elas terão menos problemas para aprender a ler do que as que não foram identificadas ou ajudadas precocemente.
As seguintes dificuldades podem estar associadas à dislexia se forem inesperadas para a idade, nível educacional ou habilidades cognitivas da criança.
Os seguintes sinais podem ser observados pelos pais e professores:
Os primeiros sinais de dislexia surgem por volta de 1 a 2 anos, quando as crianças aprendem a emitir sons. As crianças que não falam as primeiras palavras até os 15 meses ou as primeiras frases até os 2 anos têm maior risco de desenvolver dislexia.
No entanto, nem todas as pessoas com atraso na fala desenvolvem dislexia e nem todas as pessoas com dislexia apresentam atraso na fala quando crianças. Um atraso na fala é apenas um sinal para os pais prestarem atenção ao desenvolvimento da linguagem de seus filhos.
Crianças com famílias com histórico de dificuldades de leitura também devem ser observadas de perto, já que o transtorno pode ser herdado geneticamente.
Outros sinais de dislexia que surgem antes dos 5 anos incluem:
As seguintes dificuldades podem estar associadas à dislexia se forem inesperadas para a idade, nível educacional ou habilidades cognitivas da criança. Lembrando que, para verificar se uma pessoa é realmente disléxica, somente com a avaliação de um especialista.
A deficiência intelectual (DI) é caracterizada por prejuízos importantes na capacidade cognitiva, o que causa dificuldades na aprendizagem e na aquisição de habilidades necessárias para o dia-a-dia.
Isso não significa que as pessoas com deficiência intelectual sejam incapazes de aprender, mas que elas aprendem em um tempo e de uma forma diferente das crianças neurotípicas.
Além disso, existem vários graus de DI, que variam de leve a profunda. As dificuldades com as habilidades cognitivas presentes na deficiência intelectual afetam o funcionamento em duas áreas:
Veja, neste artigo, como identificar a deficiência intelectual nas crianças.
Muitos sinais de deficiência intelectual podem aparecer na primeira infância, mas também podem não ser percebidos até a idade escolar, dependendo da gravidade.
Os sinais mais comuns de deficiência intelectual são:
As crianças com deficiência intelectual grave ou profunda, podem ter outros problemas de saúde, como convulsões, transtornos do humor, autismo, deficiências motoras, problemas de visão ou de audição.
A DI é dividida em quatro níveis:
Especialistas não conseguem sempre identificar uma causa específica de DI, mas as causas podem incluir: infecção ou exposição a álcool, drogas ou outras toxinas na gravidez; privação de oxigênio ou parto prematuro; doenças hereditárias, síndrome de Down; contaminação por chumbo ou mercúrio; desnutrição grave ou outros problemas alimentares; doenças na primeira infância, como sarampo ou meningite e lesão cerebral..
O Transtorno Opositivo Desafiador, ou TOD, é um transtorno comportamental definido pelo DSM-V como um padrão de comportamento raivoso, vingativo, argumentativo e desafiador que dura pelo menos seis meses.
Um aluno com Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) pode ser desafiador em sala de aula, pois testa a autoridade, busca ter o controle das situações, quebra regras e prolonga discussões.
As causas do TOD ainda são desconhecidas, mas cientistas acreditam que podem ser genéticas, ambientais e biológicas, em conjunto. O diagnóstico ocorre com mais frequência em meninos, embora na adolescência ambos os sexos pareçam ser igualmente afetados. Também pode estar presente em crianças com TDAH.
Veja, neste artigo, como lidar com adolescentes com TOD na escola.
As crianças em uma certa idade, quando muito pequenas ou na adolescência, desafiam pais e professores. Esses comportamentos fazem parte dessas fases do desenvolvimento, mas não costumam perdurar.
Os alunos com TOD tendem a permanecerem com esses comportamentos, trazendo prejuízos a suas próprias vidas e a de todos que estão por perto, extrapolando limites. Seu comportamento problemático é mais extremo do que o de seus colegas e acontece com mais frequência.
A maioria das crianças passa pela fase do “não” para tudo, mas para os alunos com TOD ela nunca termina. Eles questionam tudo, o tempo todo, e se recusam a cumprir regras e solicitações. A necessidade de argumentar pode irritar os outros na tentativa de criar conflito. No entanto, se recusam a assumir a responsabilidade por seus erros ou comportamentos, culpando os outros por tudo.
As crianças com TOD parecem zangadas o tempo todo e perdem o controle à menor provocação. Suas reações exageradas podem evoluir para acessos de raiva e até agressividade. Essa raiva pode permanecer e se transformar em necessidade de vingança, pois eles podem ser rancorosos.
Esses comportamentos fazem com que os alunos com TOD tenham dificuldades em casa e na escola. É difícil para eles fazerem amigos e completar tarefas. Podem ficar deprimidos ou ansiosos, desenvolver transtornos de conduta ou abuso de substâncias à medida que crescem. A identificação e o tratamento precoces são vitais para ajudar essas crianças.
Encontre uma forma de se comunicar com a criança e o adolescente com TOD que seja consistente, de forma que ele entenda a seriedade. Se ele(a) tentar argumentar, os pais podem ser firmes e dizer que podem conversar em outro momento, incentivando a criança ou o adolescente a ir para um ambiente onde ele(a) possa relaxar, caso precise se acalmar.
Crianças e adolescentes com TOD podem aprender a reconhecer quando estão se sentindo sobrecarregadas. Dar a eles um espaço seguro para se acalmar e repensar suas escolhas pode ser muito bom. Prepare um canto na casa com livros, pinturas, jogos de encaixe para que eles possam ir quando sentirem que precisam de uma pausa.
Crianças e adolescentes com TOD buscam ter controle das situações. Os pais podem dar aos filhos a opções de escolhas, para que se sintam protagonistas. É importante dar a eles tempo para processar e decidir qual escolha fazer.
Como em outras situações, vale a pena permanecer consistente com as regras e a disciplina. Após dar a possibilidade de fazer escolhas, reforce com eles as regras e os procedimentos.
Crianças e adolescentes com TOD respondem ao reforço positivo muito bem. Ofereça a eles a chance de ganhar privilégios, em vez da punição, quando fizerem o que lhes é pedido. Ao usar um sistema de recompensa, certifique-se de que seja apropriado e não percebido como manipulação.
As crianças e adolescentes com TOD buscam ter um bom relacionamento o que os ajuda a lidar com os problemas por conta própria, sem julgamentos. Construir uma conexão com eles ajudará a chegar à raiz do comportamento.
Descubra no que está interessado e converse muito . Permita que eles estabeleça metas e decidam juntos quais serão as consequências se não as cumprirem.
O Transtorno de Processamento Sensorial descreve as dificuldades que as crianças enfrentam por não serem capazes de interpretar de forma eficaz as mensagens sensoriais que recebem do seu corpo e do ambiente.
Isso acontece porque algumas entradas sensoriais podem ser opressoras ou não percebidas pelo cérebro. Neste artigo, vamos falar sobre o transtorno do processamento sensorial no TEA.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou autismo, é um distúrbio de desenvolvimento que afeta a forma como a pessoa se comunica e vivencia o mundo ao seu redor. Crianças com autismo terão dificuldades de comunicação e interação social, comportamentos restritos e repetitivos, assim como atividades ou interesses restritos.
As diferenças nas respostas sensoriais no TEA foram incluídas na atualização de 2013 do DSM-V — Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Embora fosse conhecido antes disso que o TEA e os desafios de processamento sensorial ocorriam juntos, com frequência, esta é a primeira vez que foi formalmente reconhecido.
O DSM-V afirma que os padrões de comportamento, atividades ou interesses podem ser devido a hiper, ou hipo reatividade à entrada sensorial, interesses incomuns em aspectos sensoriais do ambiente (indiferença aparente à dor / temperatura, resposta adversa a sons específicos ou texturas, cheirar ou tocar excessivamente em objetos, fascinação visual por luzes ou movimento).
Isso significa que uma criança com Transtorno do Espectro Autista provavelmente processará informações sensoriais no ambiente de uma maneira diferente.
Em uma pesquisa com adultos com autismo, 83% dos entrevistados disseram ter dificuldades com o processamento sensorial. Na mesma pesquisa, os entrevistados também listaram essas dificuldades de processamento sensorial como causas do aumento dos níveis de estresse.
Em outros estudos, o percentual de crianças com TEA e problemas de processamento sensorial foi relatado entre 69% a 95%. Também ocorre com frequência suficiente para ser incluído como parte dos critérios de diagnóstico na atualização do DSM-V em 2013.
Dificuldades com o processamento sensorial podem afetar todas as partes da vida de uma criança ou adulto com autismo. Isso ocorre porque nossos corpos estão constantemente recebendo mensagens sensoriais.
Feche os olhos por um minuto e pense em todas as informações sensoriais que você está experimentando. Você ouve sons ou cheiros? Você pode sentir que está sentado? Seu corpo sabe se você está sentado ou deitado?
E quanto às micro sensações? Como é a sensação de suas roupas contra sua pele? Você consegue sentir as costuras de suas meias? Como o som do relógio ou o piscar de uma luz está afetando você?
Alguns de vocês podem nunca ter notado essas micro sensações antes, porque o cérebro os filtra. No entanto, para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista essas micro sensações podem ser sentidas com maior intensidade, causando distração ou evasão.
Com o tempo, se essas sensações se tornarem excessivas, podem levar a uma sobrecarga sensorial, resultar em um colapso ou mesmo desligamento. As crianças que sofrem esse colapso geralmente mostram sua sobrecarga sensorial de maneiras mais óbvias do que aqueles que se fecham.
Durante um colapso, o comportamento de uma criança provavelmente será bastante intenso, como um acesso de raiva. No entanto, o gatilho para essa resposta é muita informação sensorial.
É importante também ficar atento ao desligamento, pois essas crianças podem ser esquecidas. Em geral, elas se fecham, podem se retrair, ficar quietas ou tentar se esconder. Muitas vezes esse comportamento não é considerado como importante pelos pais ou educadores.
Apesar de haver muita atenção sobre a sensibilidade sensorial no autismo, a pesquisa relata uma mistura de padrões sensoriais. Os resultados mostram que não há um padrão claro de respostas no autismo às informações sensoriais. Diferentes estudos forneceram resultados diferentes, mas a maioria descobriu que existe um perfil sensorial misto no autismo.
Isso nos faz lembrar como cada pessoa com autismo é um indivíduo único. Enquanto alguns são mais sensíveis, outros podem ser mais lentos para responder às entradas sensoriais ou buscar mais entradas sensoriais. Um achado comum em todos os estudos é a sensibilidade auditiva, aos sons e ao toque.
No geral, entretanto, a pesquisa não identifica um padrão específico de respostas. Cada criança ou adulto com autismo terá seu próprio perfil sensorial único e precisará de seus próprios suportes individualizados.
Restou alguma dúvida sobre o transtorno do processamento sensorial no TEA? Deixe nos comentários.
Alimente o cérebro das crianças com coisas boas, desenvolva-o da melhor forma possível, estimule a curiosidade, a imaginação e o aprendizado.
É normal que as crianças chorem, e também é normal que os pais fiquem frustrado com uma criança que derrama lágrimas com frequência. Especialmente quando você não consegue descobrir por que seu filho está chorando.
Antes que seu filho aprenda a falar, pode ser complicado determinar a causa das lágrimas do seu filho. Mesmo quando as crianças começam a verbalizar, as razões pelas quais as crianças choram nem sempre são racionais, pelo menos para os padrões adultos.
Um estudo publicado no Journal of Research andPersonality descobriu que há algumas circunstâncias pelo qual o seu filho chora, e aqui estão algumas das razões mais comuns, bem como algumas sugestões de como você pode responder a cada causa.
1- Seu filho está superestimulado
Qual criança não gosta de uma festa de aniversário?
Ou de brincar nos brinquedos do shopping?
Em algum momento, no entanto, a agitação pode se tornar demais para algumas crianças. Não é incomum que uma criança seja incapaz de expressar o que está errado nessas situações e acabam desregulando. Isso chama-se SUPERESTIMULAÇÃO
Por isso se o seu filho estiver chorando aparentemente sem motivo e você estiver em um local barulhento ou ocupado, tente dar um tempo para ele. Leve-os para fora ou para uma sala mais silenciosa e deixe-os sentar-se por alguns minutos para se autorregular.
Para algumas crianças, uma pausa pode não ser suficiente. Se seu filho está desregulado e não conseguir se acalmar, pode ser melhor levá-lo para casa mais cedo.
2- Seu filho está estressado
O estresse é um grande motivo para as lágrimas, principalmente em crianças mais velhas. Como um pai que tem que pagar as contas e administrar uma casa ocupada, você pode se perguntar com o que uma criança deve se estressar.
A resposta é, muitas coisas! As crianças que estão sobrecarregadas talvez indo da escola para o futebol, de uma terapia para a outra, isso tudo pode deixar ele bastante estressado. Todas as crianças precisam de tempo livre para brincar e se desenvolver , bem como para relaxar.
As crianças também podem ficar estressadas com o que está acontecendo ao seu redor, como problemas no casamento de seus pais, uma mudança ou mudança na ou de escola, ou até mesmo eventos que ouvem no noticiário noturno. Uma criança pode se tornar estranhamente chorosa se estiver sentindo o peso de eventos estressantes da vida adulta mesmo aqueles que não os envolvem diretamente.
As crianças mais novas que estão estressadas precisarão da ajuda de um adulto para mudar o ambiente. Ao ajudá-los a reduzir as circunstâncias estressantes, você também está dando a eles a chance de aprender a gerenciar suas emoções.
As crianças mais velhas podem se beneficiar do aprendizado de habilidades para gerenciar o estresse. De respiração profunda a exercícios e atividades de lazer, atividades saudáveis de redução do estresse ajudarão seu filho a controlar suas emoções.
3- Seu filho quer atenção
Às vezes parece que as lágrimas vêm do nada. Em um minuto seu filho está brincando alegremente, você vira as costas por um segundo e ele está soluçando, gritando como se o mundo fosse acabar em lágrimas.
É que seu filho sabe que chorar é uma ótima maneira de chamar sua atenção. A atenção mesmo quando negativa reforça o comportamento da criança. Se você responder dizendo “Pare de gritar” ou “Por que você está chorando agora? ”Pode realmente encorajar as birras e crises do seu filho a continuar.
Não valide os comportamento inapropriados de busca de atenção sempre que possível. Evite fazer contato visual e não comece uma conversa quando seu filho estiver procurando por sua atenção. Eventualmente, eles verão que não é divertido fazer birra ou gritar alto quando não têm um público cativo.
Mostre ao seu filho que ele pode chamar sua atenção de outra maneira, usando palavras, gestos e seguindo as regras de formas mais sociais.
Agora, ofereça elogios sempre que fizer estes novos comportamentos, assim o seu filho terá menos probabilidade de tentar usar lágrimas para chamar sua atenção.
Dê ao seu filho doses regulares de atenção positiva . Reserve alguns minutos todos os dias para deitar no chão com eles, jogar um jogo ou jogar uma bola para frente e para trás. É menos provável que seu filho chore por atenção se você der alguns minutos para estar no centro das atenções todos os dias.
4- Seu filho quer algo
As crianças pequenas não entendem a diferença entre desejo e necessidade. Quando querem algo, muitas vezes afirmam que precisam, e tem que ser agora.
Se eles insistem em brincar com algo que não pode ou querem que você os leve ao parque, lágrimas de decepção e desespero estão prestes a acontecer.
Se você cede depois de dizer não, seja porque se sente culpado ou porque acha que não aguenta mais ouvir choro, você está ensinando seu filho que ele pode usar as lágrimas para manipulá-lo.
Embora seja importante mostrar empatia, não deixe que as lágrimas do seu filho mudem seu comportamento. Evite contato visual e diga de forma robótica coisas como: “Entendo que você está chateado agora” ou “Estou triste por não podermos ir ao parque também”, mas reforce que você é uma mãe ou um pai de palavra, e que a criança não precisa assumir o controle para o qual ainda não tem condições cognitiva.
Ensine proativamente ao seu filho maneiras socialmente apropriadas de lidar com seus sentimentos quando ele não está conseguindo algo que deseja. Um abraço de urso, cantar uma música, colorir uma imagem, dizer “Estou muito triste” ou respirar fundo algumas vezes são algumas habilidades de enfrentamento que podem ajudá-los a lidar com emoções desconfortáveis.
5- Seu filho quer escapar de uma demanda
Quando seu filho realmente não quer fazer algo, como guardar seus brinquedos, parar de assistir TV/celular, ir tomar banho ou se preparar para dormir, você pode se preparar porque o chora vai ser quase que ensurdecedor. E essas lágrimas podem ser uma manobra para conseguir que você se envolva com ele, mesmo que seja apenas por um minuto, ele pode adiar fazer algo que não quer fazer.
Valide os sentimentos do seu filho dizendo: “Eu sei que é difícil pegar seus brinquedos quando você quer continuar brincando”. Ao mesmo tempo, evite entrar em uma longa discussão ou luta pelo poder.
Ofereça um aviso, se necessário, que descreva quais consequências seu filho pode esperar se não obedecer. Tente dizer algo como “Se você não pegar os brinquedos agora, não poderá brincar com eles depois do almoço”. Se seu filho não obedecer, siga com uma consequência já feita previamente.
É importante ensinar ao seu filho que, mesmo que se sinta triste ou com raiva, ele ainda pode seguir as regras. Cada vez que seu filho fica chateado com uma exigência que você fez, é uma oportunidade para ajudá-lo a aprender a agir de forma positiva e social, mesmo quando estiver se sentindo mal.
6- Seu filho está cansado
(Esta dica é a número 6 porque se você não tiver as outras 5 bem claras e bem estruturadas não vai conseguir ajudar a sua criança, pois dificilmente vai saber se realmente é o cansaço ou se é apenas busca de atenção, evitamento de uma demanda ou não quer fazer algo que não goste, se é superestimulação ou está estressado.
Estar cansadas demais, estar inquietos, pode levar a birras e outras explosões de comportamentos aparentemente irracionais.
Você não pode evitar a fadiga indutora de birra e crises de uma criança 100% do tempo, mas pode minimizá-la mantendo-a em um horário de sono rotineiro.
Comece definindo (e aderindo) a uma hora de dormir apropriada para a idade através da higiene do sono e, em seguida, leve em consideração os cochilos diurnos.
Lembrando que a hora de dormir apropriada dependerá da idade do seu filho e da hora em que ele normalmente acorda pela manhã. A maioria das crianças vai bem para a cama entre 19h e 21h
Ao longo do dia, e especialmente se você perceber que eles começam a ficar com os olhos marejados, procure os sinais indicadores de cansaço, como esfregar os olhos, bocejar ou olhar um pouco vidrado nos olhos.
Dependendo da hora do dia, se seu filho estiver à beira de uma birra, mas parecer sonolento, pode ser apropriado colocá-lo para tirar uma soneca para ajudá-lo a recuperar o controle.
7- Seu filho está com fome
Até os adultos ficam “com fome”, e ficam desorganizados se não comem. Imagina as crianças? Se a criança está distraída demais brincando ou tem dificuldades para se comunica com você, é muito mais difícil dizer que ela está com fome.
A fome pode ser a culpada do choro se o seu filho acabou de acordar de uma soneca, ou se já faz três a quatro horas desde a última vez que comeu. Se o seu filho não come há algum tempo e seu humor está diminuindo rapidamente, tente oferecer-lhe algo para comer. Manter alguns lanches saudáveis à mão pode conter rapidamente as lágrimas quando você estiver longe de casa.
Alguns dos artigos científicos que comprovam a importância dos estímulos e da família no desenvolvimento da criança autista.
-Guided Participation and Parental Tutoring in Preschool Children with Autism:
- A Pilot Study of Relationship Development --Intervention (RDI) F Larkin, L Hollaway, M Garlington… - Psychoanalytic …, 2022 Taylor & Francis The relation between severity of autism and caregiver-child interaction:
- A study in the context of relationship development intervention JA Hobson, L Tarver, N Beurkens… - Journal of Abnormal …, 2016 – Springer Intervenção de desenvolvimento de relacionamento : uma revisão de sua eficácia T Zane - 2014 - wp.behavior.org
- “A criança não é capaz de aprender a se apoiar nos pais. ” Bottema-Beutel et al. (2014)
- “Cria-se um cenário para a perda de experiências de aprendizagem social pais-criança, que são fundamentais para o desenvolvimento da criança. ” Henderson e Mundy (2012)
- “A criança acaba acreditando que o mundo é dominado por eventos físicos em vezes de sociais, e essa experiência provavelmente impactara no desenvolvimento do seu cérebro”. Jones e Klin (2009)
- “O desenvolvimento comportamental da criança pode ser totalmente comprometido” Mundy & Thorpe (2007)
- “Um desenvolvimento cerebral alterado e um atrofiado mental. ” Tronick e Beeghly (2011)
- “Tirando da criança autista suas futuras oportunidades de aprendizado”. Wan et ai. (2012)
- (Hirokazu Yoshikawa, Alice J. Wuermli, Abbie Raikes, Sharon Kim e Sarah B. Kabay, Rumo a programas e políticas de desenvolvimento de primeira infância de alta qualidade em escala nacional: orientações para pesquisa em contextos globais, Social Policy Report, 31, 1, (1 -36), 2018)
- (Rifkin-Graboi, A., Khng, KH, Cheung, P., Tsotsi, S., Sun, H., Kwok, F., Yu, Y, Y., Xie, H., Yang, Y., Chen, M. , Ng, CC, Hu, PL e Tan, NC (2019). O futuro SERÁ POSITIVO? Experiência de início de vida como um sinal para o desenvolvimento cerebral pré-escolar. Aprendizagem: Pesquisa e Prática, 5 (2), 99-125.)
- (Conselho Científico Nacional da Criança em Desenvolvimento (2010). As primeiras experiências podem alterar a expressão gênica e afetar o desenvolvimento a longo prazo: Working Paper No. 10 . Disponível em <www.developingchild.harvard.edu>)
-(Nicole R. Giuliani, Kathryn G. Beauchamp, Laura K. Noll e Philip A. Fisher, um estudo preliminar que investiga os mecanismos neurocognitivos maternos subjacentes a uma intervenção dos pais que apoiam crianças , Fronteiras na neurociência comportamental, 10.3389 / fnbeh.2019.00016, 13, 2019)
-(Laura K Noll, Nicole R Giuliani, Kathryn G. Beauchamp e Philip A Fisher, correlatos comportamentais e neurais da autoavaliação dos pais em mães de crianças pequenas , Neurociência Cognitiva Social e Afetiva , 10.1093 / scan / nsy031, 13, 5, (535- 545), 2018)
- (Laura K Noll, Nicole R Giuliani, Kathryn G. Beauchamp e Philip A Fisher, correlatos comportamentais e neurais da autoavaliação dos pais em mães de crianças pequenas , Neurociência Cognitiva Social e Afetiva , 10.1093 / scan / nsy031 , 13 , 5 , (535- 545), 2018)
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