Ajudando as famílias no neurodesenvolvimento dos filhos, e as crianças à se tornarem adultos incríveis para construírem um futuro melhor, criando um ambiente cheio de estímulos para o seu crescimento cognitivo e emocional.
Através:
- De muito carinho e amor
- Da imaginação e do lúdico
- E do nosso parent training
Especialista em gestão de comportamento problema da criança autista no ambiente escolar, com mais de 3.486 horas de pesquisas e trabalhos sociais sobre interações do cotidiano infantil e momentos formadores do cérebro de 691 crianças e desenvolvendo mais de 260 famílias. Com formação em desenvolvimento humano, pós graduado em neurociências e desenvolvimento infantil no TEA e estudante de psicologia.
E sim, sou AUTISTA, e, como tantos outros adultos autistas, tive diagnóstico tardio de TEA. Antes disso, só era estranho e diferente, a minha mãe e a minha esposa podem comprovar isso....rsrsrsrs
Minha infância foi feliz. Eu posso dizer que brinquei muito. E olha só! Tinha um brincar funcional e conseguia interagir bem com as outras crianças. O que acontecia depois das brincadeiras e das interações, é o que pouca gente sabe.
Eu me sentia extremamente cansado emocionalmente, aumentando o nível de estresse e sempre precisei de um tempo sozinho para me autorregular, chegando ao ponto de me esconder no quarto sempre que ia visita em casa. Todo mundo falava que eu tinha uma personalidade muito forte, era antissocial.
Quando entrei na escola, percebi o quanto era difícil fazer novos amigos, até hoje me lembro das sensações….. Na escola nunca tive problema com aprendizado, era a minha forma de tentar encontrar meios de me enturmar, menos em português que até hoje tenho dificuldades, mas não era um problema tão grande que chamasse a atenção. Já foi logo nos primeiros anos de escola que comecei com dores frequentes de cabeça, fazendo vários exames que não dava nada, até cheguei a usar óculos sem ter problema de visão para ver se diminuía as dores de cabeça, fazer tomografias quando era mais jovens e nunca foi encontrado nada. Hoje eu sei que estas dores de cabeça eram por causa de disfunções sensoriais.
Que tem melhorado bastante, mas ainda tenho algumas buscas, como as auditivas (adoro um fone para me autorregular).
Na adolescência senti na pele como era difícil me relacionar com uma garota, a minha mãe tentando ajudar marcava alguns encontros, até chegar ao ponto de me obrigar a ir em alguns deles...rsrsrsrsr
E claro, casei com a primeira garota que consegui me relacionar sem a ajuda da minha mãe...kkkkkkkkk
Na vida adulta, ainda com uma rigidez emocional e agora casado, não fui fácil de aguentar, a minha esposa teve que ter muita, mas muita paciência, não suportava festas de aniversários, não gostava de visitas, de abraços e nem de andar de mãos dadas e com um senso de egoísmo muito alto, com hiperfoco transicional comecei fazer várias coisas e quando passava a satisfação naquela atividade, estudo ou algo eu criava um novo hiperfoco. Na Faculdade, vi que as diferenças entre mim e os outros eram muito maiores do que eu pensava. Somente após 3 anos de curso, consegui fazer 1 único amigo. Eu chegava atrasado e saia mais cedo todos os dias para não ter que conversar com ninguém. Ter que me despedir de muitas pessoas nunca foi o meu forte, apesar de gostar da companhia e de ter amigos, nunca consegui fazer muitos.
O tempo passou, e sempre pensei que tudo isso era pela minha dificuldade de fala, de não conseguir me comunicar com as pessoas de forma funcional.
Eu tentava me adaptar a tudo isso. E realmente, para os outros, fazia parecer fácil demais. Só não era fácil pra mim, que precisava ir ao banheiro inúmeras vezes para ficar sozinho, encontrar estratégias de fugir de certas situações, criar rotinas e treinar várias situações sócias do dia a dia.
Ah, quando eu gosto de uma música, ouço inúmeras vezes com a mesma sensação de quem ouve pela primeira vez. A minha filha um dia disse que era impossível continuar ouvindo todos os dias, durante tantas horas, as mesmas músicas. Para grande parte das pessoas pode ser! Mas para mim não.
Com roupas e calçados nunca foi muito diferente. Quando gostava de uma roupa, “Pronto, temos mais um uniforme!”. E algumas vezes, pra evitar que eu continuasse usando a mesma roupa toda vez preciso me policiar rsrsrsr .E tantas outras particularidades, como o prazer por ter as unhas cortadas, o queimar a língua em comer a comida muito mas muito quente.
E dá para acreditar que eu vivi “escondendo” isso e muito mais a vida inteira?! Pois é. Os autistas têm muita habilidade de camuflagem e mascaramento dos sinais e comportamentos do Autismo. Sinceramente, essa é uma habilidade que eu gostaria de nunca ter tido! Viver mascarando dificuldades, preferências e todo o resto, me fez ser quem eu não era. Pensar que era um ET.
Hoje, eu vejo o quanto é LIBERTADOR poder ser quem se é. E observar os meu pontos fracos para melhorá-lo, pois eu fiz parte de tantos grupos, convivi com tanta gente. Mas sempre sentia que faltava alguma coisa. Às vezes parava, olhava meus amigos tendo uma facilidade social e de comunicação e pensava: Por que eu não consigo também?
Hoje, também sei que tenho muitos pontos positivos e que o autismo também me trouxe certas habilidades, agora imagina o potencial das nossas crianças se tiverem os estímulos certos.
Infelizmente na sociedade em geral existe muita falta de informação. Por parte dos profissionais, existe muito desconhecimento. Alguns ainda se prendem aos estereótipos. As pessoas ainda acreditam e enxergam somente o autismo descrito anos atrás e parecem crer que exista um padrão para algo que é um ESPECTRO.
Eu hoje tenho a alegria e a oportunidade de escrever sobre isso, ter voz de certa forma. Mas muitos autistas vivem muito longe disso. E eu lamento profundamente que tenhamos que lutar tanto por algo que tem solução.
O motivo de eu acordar todos os dias querendo mudar o mundo!
Sempre acreditei que o futuro se muda hoje, através dos nossos pequenos, e que o contato com a natureza é um fator que contribui para a orientação aos estímulos sociais, gerando comportamento de atenção compartilhada e uma conexão lógica entre ela e seu ambiente natural, com uma capacidade de aprender com ele. Uma vez que proporciona novas experiências que vão liberar uma melhor comunicação e um funcionamento adaptativo aumentado.
Somos “ O ELEMENTO QUE FALTAVA” para ajudar a criança autista, com déficits de desenvolvimento, atrasos na comunicação, comportamentos inapropriados, dificuldades de aprendizado, emocionais e sociais. Porque em vez de nos concentrar nos sintomas, vamos buscar o foco do problema respeitando a criança e a sua essência. Acolhendo e qualificando os pais para proporcionar no dia a dia, estímulos para uma melhor qualidade de vida para toda a família. O objetivo não é transformar a família em terapeutas, mas orienta-los para desenvolver novas formas de pensar, perceber e agir, para saber como melhor usar seu precioso tempo para facilitar o crescimento mental da sua criança. Abraçando a premissa de que cada membro da família é fundamental para o sucesso, com objetivos simples, bem claros e com resultados rápidos o que não acontece se o foco ficar somente nas terapias individuais.
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